Como nadador, é muito provável que você já tenha passado por esta situação. No nado peito, numa competição, você dá uma boa olhada para o lado para ver onde estão seus adversários, movendo a cabeça quase que totalmente para o lado.
E isso é permitido?
De acordo com as regras, ou melhor, já que não existe menção nas regras da FINA, sim, é permitido.
O movimento lateral da cabeça faz parte do nado crawl. No nado costas, é comum crianças ficarem virando a cabeça para a esquerda e direita para ver se está batendo na raia ou olhando o nadador da raia ao lado. No nado borboleta, a respiração lateral foi introduzida nos anos 90, tendo como grande “difusor” da “novidade” o russo Denis Pankratov.
Na época dizia-se que ao manter a cabeça na posição lateral o tronco levantava menos e, consequentemente, ganhava-se tempo e diminuía o gasto energético. Mas o tempo passou e a técnica – utilizada inclusive pelo brasileiro Kaio Márcio de Almeida – ainda é muito difícil de treinar e competir.
Já no nado peito, não há motivo técnico para que um atleta vire a cabeça durante o nado, já que perde tempo precioso, e também a posição do nado. Em resumo: não é vantajoso.
Mas para a arbitragem, o movimento lateral da cabeça não influencia: não há menção alguma. Aliás, a posição da cabeça no momento da partida também não é relevante para o árbitro.
Mas, de acordo com a regra SW 7.4, a cabeça deve sempre quebrar a superfície d’água a cada ciclo completo do nado peito (pernada simultânea – braçada simultânea).