A notícia é um pouco velha e reproduzo aqui direto do Blog do Coach:
12/05: Arbitragem de Londres 2012 não vai ter câmeras
Enquanto isso…
Nos Estados Unidos, todas as desclassificações do USA Olympic Trials serão conferidas no sistema de câmeras sub-aquáticas. Ou seja, um árbitro identificou uma irregularidade. Esta será passada ao árbitro geral que fará a revisão da desclassificação no vídeo da prova. Nesta revisão:
* se o vídeo mostrar algo diferente do que o árbitro decidiu, a desclassificação é revertida.
* se o vídeo for não suficiente claro ou não mostrar exatamente o momento da desclassificação, a desclassificação é mantida
* e claro, se o vídeo confirmar o ato irregular, atleta desclassificado.
Americanos na frente!
Em relação à última frase, temo que é um pouco cedo para comemorar tal avanço nas piscinas brasileiras.
A primeira imagem não é bem da mesma câmera que o texto diz. Ela faz parte do photo-finish, o sistema que tira dúvida visualmente sobre a chegada dos atletas, em caso de falha da cronometragem.
Este sistema já tem uma grande complicação em infra-estrutura, equipamentos e operação, além de ter os árbitros devidamente instruídos em caso de problemas para que ocorra um julgamento rápido e preciso. Na chegada são utilizadas 4 câmeras, cobrindo todas as 10 raias da piscina.
Em todo caso, se por algum acaso precisar de instalar câmeras subaquáticas para auxiliar a arbitragem no Brasil, será ao gosto do país, porque apenas Olimpíadas e Mundiais estão regulados pela Fina a utilizar filmagem subaquática:
BL 9.3.6.13 Underwater Camera Protocol:
a) Underwater cameras may only be used to confirm and/or overrule stroke infraction calls made on the deck.
b) Referees on the FINA Technical Swimming Committee will review all stroke infraction calls made on the deck to confirm or overrule such calls. If the video is inconclusive for any reason, the call made on the deck will stand.
BL 9.3.6.14 When underwater cameras are used at Olympic Games and FINA World Championships, a FINA TSC Referee shall supervise the room.
Como a própria regra diz, as câmeras PODEM ser usadas… Ou seja, não será desta vez que veremos desclassificações na Olimpíada decididas por imagens. É interessante notar o procedimento quando se utiliza o vídeo: o árbitro tem dúvida, questiona o Comitê Técnico que verificará o vídeo. Se for inconclusivo, prevalecerá a decisão do árbitro na beira da piscina.